Um conto de fadas ou horror?

Como nos contos de fadas primitivos é difícil dizer. America vive em um mundo pós quarta guerra mundial, onde a autora cria um novo país, baseado no sistema de castas. America não é uma das privilegias, ela não chega a ser uma "Gata borralheira", mas tem uma vida bastante caótica.

Sua família vive da arte: são cantores, músicos e artesãos, mas nessa realidade tão distante (será?) eles só estão a dois passos da extrema pobreza.

Vivendo nessas condições é de se esperar que quando o castelo anuncia que o príncipe irá escolher sua esposa entre as plebeias America ficaria encantada com a possibilidade de mudar de vida, ajudar sua família e ainda se casar com um belo homem. Mas seu coração já pertence a alguém...

Algo está me incomodando a algum tempo: será que os escritores se esqueceram de que não são obrigadas a criar triângulos amorosos? Apesar desse incomodo - está impossível ler qualquer coisa que não tenha um triângulo, sério tenho a sensação de que irei abrir a coluna de política no jornal e verei dois homens disputando a atenção da "mocinha", mas ok - eu me apaixonei por esse livro. Não sei dizer ao certo porque, sinceramente não sei como comecei a lê-lo, só sei que já comprei o próximo.

Vi muitas semelhanças entre ele e Jogos Vorazes. Por vezes eu me pegava dizendo - em voz alta mesmo - que era a mesma estória, só que elas não se matariam com facas, usariam a ponta dos saltos mesmo. Eles são semelhantes mais também caminham em direções opostas. Em Jogos Vorazes desde o primeiro volume a miséria é escancarada e em A Seleção o única vez que temos um vislumbre da pobreza é quando a própria protagonista a descreve a um dos seus "amores" (trecho perfeito, principalmente depois da leitura de O Príncipe). Creio que no próximo livro a autora deixará um pouco de lado o romantismo e nos chocará com uma visão sobre a real Illéa.

Só não posso terminar a resenha sem antes dizer que eu sou totalmente team Peeta ops... Maxon.

Ana Marques

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